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23 April 2010

filmes dos anos 2000 - parte 1

Estão aparecendo listas de melhores filmes dos anos 2000. A Cahiers du Cinéma fez a sua, assim como outras publicações e blogs.

Com certo atraso, segue uma relação (em duas partes) com 20 grandes filmes dos anos 2000. Não se trata necessariamente dos "melhores", apenas uma memória de filmes marcantes, em ordem cronológica.

Laura Harring em Mulholland Dr., de David Lynch

Mulholland Dr. (2001), de David Lynch
"No hay banda". Restam apenas o sonho, o delírio, a ilusão, o engano. Contundente homenagem e ácida crítica à indústria de Hollywood.

O pântano (La ciénaga, 2001), de Lucrecia Martel
A letargia dos corpos de uma família em uma casa de campo, ao redor de uma piscina. Os desejos recônditos. Vidas em slow motion.

Onde jaz o teu sorriso? (Où gît votre sourire enfoui?, 2001), de Pedro Costa
Aula de montagem, aula de cinema. Dois grandes cineastas retratados por um dos grandes cineastas da última década. Para lembrar Danièle Huillet (1936-2006).

Elogio ao amor (Éloge de l'amour, 2001), de Jean-Luc Godard
Godard não apenas faz cinema, Godard pensa o cinema. Seu Notre musique cria um tratado sobre as imagens contemporâneas. Éloge, por outro lado, é poesia.

A inglesa e o duque (L’anglaise et le duc, 2001), de Éric Rohmer
As máscaras da aristocracia; as máscaras da encenação; as máscaras da revolução. Quadros vivos para narrar a agonia de uma época.

O quarto do filho (La stanza del figlio, 2001), de Nanni Moretti
A tragédia filmada sem sentimentalismo. O deslumbrante final na praia, com os personagens vagando e a música de Brian Eno ao fundo.

Dez (Ten, 2002), de Abbas Kiarostami
As possibilidades da imagem digital. A importância (ou desimportância) do encenador. Mulheres na contramão do Irã.

Elefante (Elephant, 2003), de Gus van Sant
Van Sant foi quem melhor retratou a adolescência nos anos 2000: Elefante, Last days, Paranoid Park. Identidades em crise.

Goodbye Dragon Inn (Bu san, 2003), de Tsai Ming-liang
O fechamento de uma sala de cinema coloca lado a lado a homenagem ao cinema asiático do passado e lança um olhar sobre o futuro.

Kill Bill, vol. 1 (2003), de Quentin Tarantino
Tarantino é voz e diálogo. Tarantino é ação e coreografia. Tarantino é o arrebatamento visual que permeia todo Kill Bill.

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